Métricas e a capacidade de análise, ética na mensuração do ROI.

Acabei de ler um  artigo no www.proxxima.com.br, em que o autor cita um artigo de Magid Abraham, co-fundador e CEO da comScore, que pode ser lido na íntegra em “The Economics of Online Advertising“,no qual o autor questiona os modelos de métrica tradicionais, baseados em cliques entregas e impressões, como fonte de mensuração, além de outras informações como baixo custo por mil, etc. Aliás, muito bem colocado pelo autor, o baixo custo por mil acaba por inundar a web de anúncios, porém não é capaz de entregar a mensagem ao seu devido receptor.

No mesmo artigo avalia e critica sobre a forma como as métricas de visualização podem ou não ser usadas pelos anunciantes como uma forma de verificação do retorno do seu investimento.

Tenho defendido, nos últimos dois anos, que as métricas por si só não são suficientes para dimensionar o retorno do investimento feito, ou pelo menos a maneira como é feita a publicidade nesses casos. É necessário que sejam feitas análises muito mais profundas e subjetivas. A comunicação prescinde muito mais de análises qualitativas do que quantitativas.

Do ponto de vista da ética em comunicação estamos falando de um processo de convencimento dos anunciantes para investir em web, baseado em vários argumentos que não devem trazer o recall desejado para a marca ou para vendas, apenas, talvez do ponto de vista de exposição maciça da marca, tentando um contato com o maior número possível de consumidores.

Até que ponto de vista essa circunstância de superexposição é benéfica ao produto e à marca? Essa enxurrada de anúncios é de fato vista por todos? A mídia, quando oferecida ao anunciante, é utilizada de maneira ética e responsável ou apenas serve como mais uma fonte de receita para aqueles que estão oferecendo, sem se importar verdadeiramente com a conversão em vendas, marketing share, recall e outras coisas tão importantes para os anunciantes?

Mais importante que tudo isso é utilizar outros parâmetros para entregar a publicidade ao público alvo, como por exemplo, usar as informações para publicar os anúncios somente para aqueles que possam ser sensibilizados por eles.

É assim que o retorno efetivo do investimento poderá ser verificado com a conversão em vendas dos valores investidos em comunicação, e não simplesmente com a impressão ou visualização do anúncio numa página da web, o que, por si só não garante a efetiva observação do anúncio em si.

O profissional de comunicação que tem a ética e responsabilidade social e empresarial como alicerce do seu negócio deve repensar sua forma de oferecimento das mídias digitais e das promessas de retorno do investimento em comunicação.

Internet, crescimento das verbas publicitárias, ética e legislação.

Conforme noticiado no site do IG, notícia relacionada ao Projeto InterMeios a internet é o meio que mais cresceu no primeiro em faturamento com venda de espaços publicitários, com aumento de 18%.

Esse aumento no volume investido nessas mídias digitais, leva a uma preocupação por conta da forma que os espaços estão sendo utilizados.

São vários casos recentes de infrações à legislação promocional e publicitária, que nos levam a pensar que os atores sociais envolvidos nessas áreas ainda não estão completamente adaptados, ou não compreenderam o funcionamento legal das mídias digitais.

O espaço virtual não é um espaço no qual ninguém é punido, ou em que as leis não são aplicadas. A facilidade, e em alguns casos o baixo custo de veiculação, tem trazido para o ambiente digital profissionais sem o comprometimento ético necessário para atender a seus clientes, bem como a qualificação jurídica necessária a resguardar os interesses de seus clientes.

Faz-se necessário, então, buscar o treinamento dos responsáveis na agência ou o auxílio de profissionais capacitados.

Você que leu o texto se acha plenamente capacitado do ponto de vista ético e legal para tanto? É uma boa reflexão que devemos fazer…

Altair Scheneider

Mais uma promoção com problemas nas peças de comunicação!

Acabei de receber de um aluno uma foto de uma promoção do Sonda Supermercados, primeiro, encontrar dentro do site a promo, seu regulamento e outras informações é uma verdadeira odisseia. Depois de muito procurar encontrei o regulamento, o qual está bem elaborado e possui certificado de autorização da Caixa Econômica Federal. Até aí, não fosse o site confuso, tudo ok! O problema está na comunicação da promoção no ponto de venda, vejam a foto:

Promoção Eu Sou Seu Fã, Sonda Supermercados
Promoção Eu Sou Seu Fã, Sonda Supermercados

Onde estaria o número do Certificado de Autorização da Caixa Econômica Federal na peça? Lembrando que é um quesito obrigatório.

Não se esqueçam, promoção comercial é coisa séria e deve ser planejada e executada por profissionais preparados e atentos aos detalhes…

Altair Scheneider

www.promolegis.com.br

 

Promoção, muito mais que planejar é pós-venda.

Como sempre faço, participo de todas as promoções que encontro pela frente. A última é da Kawazaki do Brasil, ao “subir” meu texto e meu arquivo, minha conexão de internet caiu. Ao ter restabelecida a conexão, fui fazer novamente o cadastro e enviar meu texto e meu arquivo com o roteiro de viagem que havia proposto, para minha decepção, não consegui mais ir adiante no cadastro por que o meu CPF já constava como cadastrado e participando da promoção, mesmo sem ter terminado o processo. Desilusão total… Iria ficar de fora de um concurso cultural muito bacana. Procurei meios de contato no site e por meio do telefone de atendimento ao cliente consegui, na primeira ligação, ser atendido, expliquei a situação à atendente, que não conhecia a promoção, no entanto ela pediu todos os detalhes e formas de contato e informou que passaria para o setor correspondente. Pensei comigo mesmo… “já era”… Para minha surpresa, em menos de 5 minutos, recebi o contato do departamento de marketing da Kawazaki, que após uma brevíssima conversa em que expliquei minha situação, solucionou meu problema, permitindo que eu pudesse participar da promoção. Consumidor satisfeito, excelente atendimento da Kawazaki Brasil.

Moral da história: uma promoção (pouco importa a modalidade) deve ter um atendimento ao cliente tão eficiente quanto o planejamento, regulamento, comunicação e execução. O pós-venda continua sendo importantíssimo em qualquer situação de interação com os consumidores.

Altair Scheneider

Promoções “vazias” o que fazer quando nos deparamos com uma?

No dia 04 de julho postamos no Facebook da Promolegis essa foto sobre uma promoção sem informações no PDV ou nos caixas para orientar os consumidores. Todos os dias os consumidores são impactados com essas promoções “vazias” em supermercados, internet, pontos de venda, entre outros… Promoções essas que falam muito, mas ao mesmo tempo não falam nada, esquecendo de passar informações essenciais ao público consumidor.

A promoção Custo Zero do Extra, é um exemplo, como podemos ver abaixo na imagem, a peça anuncia que há centenas de produtos que os clientes podem levar sem pagar, na compra de outros produtos. Mas quais são esses produtos?? E quais são os produtos que saem com “Preço Zero”?

Informações como essas são essenciais para o consumidor na hora da compra. Esse tipo de promoção é considerada “vazia” e induz o consumidor ao erro pois não passa informações necessárias, na peça acima não citam produtos participantes e os que saem como “preço zero” também não são divulgados,  criando assim uma confusão na cabeça do consumidor.

Talvez tenha havido uma dessincronia entre o merchandising preparado para o ponto de venda e a campanha de TV, a qual também não acrescentou muitas informações aos clientes, no site da empresa também não há nenhuma informação. Mais que um problema legal é um problema de estratégia, a promoção pode não surtir os efeitos desejados ou planejados.

É necessário pensar muito bem antes de lançar uma promo desse porte….

Cometário à matéria “Vendem-se fãs e seguidores”

Fiz o seguinte comentário à matéria: “Vendem-se fãs e seguidores.” Artigo de Franklin Costa, sócio da Movimento Comunicação, fala sobre a prática de compra de fãs e seguidores nas redes sociais. Publicado em:  www.proxxima.com.br, 11 de Julho de 2012 11:37.

No início do ano, em minhas aulas de Ética em Comunicação Social para os cursos da Faculdade de Comunicação da Universidade Metodista de São Paulo já chamava à atenção meus alunos sobre esse assunto, que foi objeto de comentário em minha coluna na Revista O ABC da Comunicação, esse tipo de problema é mais frequente do que se imagina, grandes empresas (alertei algumas) são alvo desse expediente que pode partir de qualquer parte, agências inescrupulosas querendo mostrar resultado, internautas em busca de resultados em promoções, a própria empresa querendo inflar sua audiência… Além de crime é uma temeridade para a credibilidade e imagem da marca. Abraços. Altair Scheneider. www.promolegis.com.br

Ética e Internet, Terra de Ninguém?

Ética e Internet, Terra de Ninguém?

Estou muito satisfeito com o fato de uma revista dar espaço à ética e legislação, de modo direto e específico, em comunicação. A partir desse número exploraremos o assunto, abordando os temas mais diversos e atuais, pensando sempre nas imbricações com a legislação. Não trataremos a coluna como uma série de temas interrelacionados, mas sim como textos independentes e atuais dentro desse fio condutor que é a Ética e a Legislação em Comunicação Social em seus mais diversos ramos possíveis, inclusive como ferramenta estratégica no planejamento de campanhas publicitárias ou promocionais.

No primeiro número abordaremos a comunicação por meio dessa plataforma importante e que a cada dia toma mais espaço e recebe mais investimentos por parte das companhias para que atinja seu público alvo, a internet.

Por vezes, ou quase sempre, ouvimos de estudantes, profissionais da área e tantos outros envolvidos que a internet é uma “terra de ninguém”, por que não há, ainda, uma legislação específica para este meio, no entanto o arcabouço legal disponível é capaz de resolver e sanar quaisquer dúvidas ou problemas originados ou encontrados no mundo digital.

Quer seja do ponto de vista do consumidor, das empresas anunciantes, das agências, ou qualquer outro que possa estar envolvido no processo comunicacional, há sempre um dispositivo legal pertinente para dirimir demandas sobre os assuntos ligados à comunicação digital.

Muito mais importantes que isso é a postura tomado pelas empresas anunciantes, ou as promotoras de campanhas comerciais, das agências e dos participantes como consumidores nesse processo. As leis por si só não são capazes de resolver os problemas, elas precisam de um empurrãozinho, precisam que sejam acionadas por meios dos competentes processos de aplicação e é nesse ponto que encontramos o pior estágio da ética na esfera digital. As pessoas deixam de exigir seus direitos, especialmente por acharem que não há regra para esse espaço virtual de interação, com isso deixando passar vários acontecimentos que contrariam a legislação e a ética mínima de convívio.

Encontramos várias posturas completamente condenáveis, contra as quais ninguém toma partido, possibilitando que a impunidade faça com que esse mundo pareça mesmo sem leis e sem seriedade, propiciando um local nocivo para a comunicação e promoção das marcas e dos produtos.

Empresas que acreditam estar se comunicando com seu público, na verdade são alvo de usuários inescrupulosos e gananciosos, que no afã de obter vantagens, lançam mão de vários artifícios para se beneficiarem de promoções, como perfis fakes, vírus que forçam usuários dar curtir em páginas do Facebook mesmo sem que saibam que estão fazendo isso. Não bastasse esse tipo de comportamento, algumas agências também têm utilizados de expedientes desse tipo para mostrar ao cliente que são capazes de dar audiência ao conteúdo dos clientes ou às promoções contratadas por aqueles com participações falsas.

Há que se indignar e fazer alguma coisa, especialmente as empresas contratadas, que são as mais prejudicadas, pois imaginam que estão atingindo um grande número de internautas, mas na verdade estão sendo alvo de ações fraudulentas, as quais apesar de dar um número muito grande no recall da comunicação, não estão atingindo nada além de fakes virtuais, não trazendo assim nenhum tipo de retorno verdadeiro para as empresas.

É necessário trabalhar com ética, analisando friamente os resultados obtidos quando se fala de comunicação na internet. Em caso de fraude as empresas sérias devem se pautar pela necessidade  de tomar uma providência, mostrando a todos que a internet não é terra de ninguém, fazendo valer a legislação disponível e suficiente para tal, apoiadas pelas agências que devem trabalhar o processo com a maior lisura possível dando suporte a essas ações de moralização do espaço virtual.

Autor: Altair Scheneider – sócio Promolegis

Publicado na Revista: O ABC da Comunicação – Março/2012

Um Novo Momento

É um novo momento para o marketing promocional, publicitário e da comunicação social com a introdução da Promolegis no mercado para assessorar sua empresa em processos de planejamento de promoções comerciais, concursos culturais, campanhas publicitárias, direitos autorais e de imagem. Fique ligado em nossas informações, artigos no blog e em revistas. estamos a disposição para atendê-los.